Entendo que abordar a saúde de forma integral é essencial. Por isso, na sua primeira consulta, reservo mais de 2 horas exclusivamente para compreender a sua realidade e suas necessidades.

As consultas de acompanhamento são mais dinâmicas, variando de 1 a 1 hora e meia em média. Ao longo desses encontros, nosso foco é avaliar sua evolução e realizar os ajustes necessários para que você alcance os melhores resultados.

Durante o tempo que passamos juntos, o espaço é totalmente seu. Fique à vontade para compartilhar todas as suas necessidades, desafios, pensamentos e sentimentos, sem receios de julgamentos. Sua consulta é um momento dedicado exclusivamente a você, proporcionando um respiro na sua rotina.

Antes de começarmos, realizamos o exame de bioimpedância, que requer um jejum de duas horas. Após esse procedimento, sinta-se à vontade para desfrutar de cafés e chás. Quero que sua experiência aqui seja não apenas eficaz, mas também acolhedora e confortável.

Você merece um atendimento personalizado e detalhado, por isso, não trabalho com planos de saúde. Meu compromisso é oferecer consultas minuciosas, com tempo de sobra para que você possa compartilhar todas as suas necessidades. Além disso, forneço nota fiscal eletrônica que atesta os serviços prestados, facilitando o processo de reembolso junto ao seu convênio.

Para quem busca um acompanhamento mais próximo e intensivo, disponibilizo o Plano de Atendimento, que inclui 3 consultas, podendo ser espaçadas a cada 4 a 6 semanas. Estudos apontam que aqueles que se consultam com maior frequência otimizam os seus resultados, e o Plano é uma opção para tornar o valor unitário de cada consulta mais acessível.

Conforme preconiza a Lei Federal 8.234/91, a prescrição de dietas é uma atividade privativa do Nutricionista, o profissional devidamente habilitado para esta função. No âmbito da minha prática médica, meu foco é avaliar a necessidade, ou não, do uso de medicamentos e prescrever o tratamento mais eficaz para alcançar resultados positivos. Posso oferecer orientações sobre alimentação saudável, embora sem a elaboração de planos dietéticos específicos. Nesse contexto, trabalho em conjunto com profissionais de Nutrição altamente qualificados, aos quais encaminho aqueles que buscam esse tipo de acompanhamento. É importante ressaltar que os melhores resultados são obtidos através da combinação do tratamento médico com o nutricional. Por isso, adoto uma abordagem interdisciplinar em colaboração com uma equipe de saúde.

As indicações clássicas para tratamento medicamentoso abrangem: (1) obesidade (IMC ≥ 30), (2) sobrepeso (IMC ≥ 25) e (3) obesidade visceral (circunferência de cintura > 90 cm em homens e > 80 cm em mulheres), inclusive em casos de peso normal.

É importante ressaltar que as indicações 2 e 3 demandam a presença de comorbidades associadas, ou seja, condições clínicas agravadas e/ou desencadeadas pelo excesso de peso, tais como hipertensão, diabetes, dislipidemia (alterações do colesterol), Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), dores articulares resultantes de sobrecarga mecânica, apneia do sono, esteatose hepática, entre outras.

Existem duas categorias de medicamentos utilizados para esse propósito: (1) os “de bula”, oficialmente indicados para o tratamento da obesidade, e (2) os “fora de bula”, que têm outras indicações registradas, como diabetes, epilepsia, TDAH, ansiedade, entre outras.

É fundamental ressaltar que o uso de medicamentos “fora de bula” no tratamento da obesidade não configura má prática médica, mas sim o emprego de medicamentos cientificamente reconhecidos como úteis para auxiliar em casos específicos.

No Brasil, os medicamentos “de bula” atualmente disponíveis são: Sibutramina, Orlistate, Saxenda e Contrave. Previsto para chegar às farmácias no próximo ano, teremos o Wegovy, uma versão otimizada do Ozempic, com dose máxima semanal de 2.4 mg.

Os medicamentos “fora de bula” incluem: Forxiga, Jardiance, Ozempic, Rybelsus, Topiramato, Sertralina, Fluoxetina e Lisdexanfetamina. Utilizo a Lisdexanfetamina, mais conhecida pelo nome comercial Venvanse, exclusivamente para o manejo do Transtorno de Compulsão Alimentar, sempre em colaboração com a Psiquiatria. Isso significa que o paciente, para utilizar Venvanse, precisa ter passado por uma avaliação prévia com um Psiquiatra que tenha autorizado o seu uso.

É fundamental compreender que os medicamentos para o tratamento da obesidade não resultam em efeito rebote. O que ocorre é algo completamente diferente e merece uma explicação minuciosa.

A maneira como o nosso organismo armazena nutrientes e energia foi configurada há milhares de anos, quando éramos caçadores e coletores. Nesta época, adquirir energia dos alimentos demandava um gasto calórico considerável e, quando conseguíamos alimento, este era substancialmente diferente do que temos disponível hoje. Em síntese, nosso corpo foi moldado para prosperar em situações de escassez, enquanto nos deparamos atualmente com uma abundância de calorias à qual ele não está adequadamente adaptado.

Dentre os nossos mecanismos de armazenamento, encontramos o Hipotálamo, situado na base do crânio. Essa estrutura exerce influência sobre nossa fome e nossa vontade de comer (dois conceitos distintos), além do nosso gasto metabólico. Estudos recentes sugerem que o Hipotálamo parece “registrar” nosso peso máximo e interpreta isso como o melhor peso que alcançamos em nossas vidas, um peso que nos ajudaria a sobreviver em situações de escassez.

Dessa forma, quando perdemos peso, nosso corpo reage como se estivesse diante de uma ameaça, promovendo uma série de adaptações conhecidas como resposta metabólica adaptativa à perda de peso. De maneira simplificada, para cada 1 kg de peso perdido, observa-se um aumento correspondente de 100 kcal por dia na fome e/ou vontade de comer. Isso ajuda a entender por que é comum retornar ao peso inicial no processo de emagrecimento (a conhecida “sanfona”), o que ocorre independentemente do uso de medicamentos para emagrecer. O medicamento estava, na verdade, sendo eficaz na manutenção do peso perdido, e ao interrompê-lo, perde-se o benefício do tratamento. O reganho de peso após a interrupção de um medicamento apenas indica que ele estava sendo eficaz para o seu caso.

Por essas razões, o tratamento da obesidade deve ser encarado como um processo a longo prazo. Muitas pessoas experimentam melhorias significativas em sua qualidade de vida e saúde ao optar por um tratamento prolongado, motivo pelo qual a ciência vem se dedicando a desenvolver opções terapêuticas cada vez mais seguras.